Entre as formas de pobreza presentes no mundo, a miséria mais perigosa é o distanciamento de Deus, disse o Papa Francisco ao receber em audiência neste sábado, 20, cerca de 7.500 pessoas da Associação “Comunidade Papa João XXIII”.
Em sua saudação, o Santo Padre se referiu aos testemunhos apresentados, que falam de escravidão e libertação, do egoísmo dos que pensam construir um futuro explorando os outros e da generosidade dos que ajudam o próximo a sair da degradação material e moral.
Estas são experiências, disse o Pontífice, que põem em evidência as tantas formas de pobreza existentes no mundo; revelam a miséria mais perigosa, que é causa de todas as demais: o distanciamento de Deus e a presunção de poder fazer menos Dele. Esta é uma miséria cega que busca apenas a riqueza, o poder e a exploração dos outros, explicou.
“É a presença do Senhor que faz a diferença entre a liberdade do bem e a escravidão do mal, que nos coloca em condições de fazer boas obras e de ter alegria íntima, capaz de irradiar-se entre os mais próximos. A presença do Senhor amplia os horizontes, guia os pensamentos e as emoções, e dá a força necessária para vencer as dificuldades e as provações”.
O Papa citou o exemplo de Don Oreste Benzi, padre fundador da Associação “Comunidade Papa João XXIII”. A comunidade nasceu da sua experiência pessoal da mensagem cristã, envolvendo adolescentes e desejosos de conhecer Jesus, organizando para eles um “encontro simpático com Cristo”, herói e amigo.
Francisco recordou que esta Comunidade está presente em 34 países, com as suas Casas-famílias, as cooperativas sociais e educativas, as Casas de Oração, os serviços prestados para maternidades problemáticas e outras iniciativas.
O Pontífice concluiu seu pronunciamento exortando os presentes a seguirem o exemplo cristão do seu Fundador e de São João XXIII, ao qual é dedicada a Comunidade, mediante a formação espiritual e a assídua frequência aos Sacramentos, sobretudo a Eucaristia. Por fim, citou uma frase que Don Benzi gostava de repetir: “Para estar em pé, é preciso ajoelhar-se”.